Primeira-Dama

Como surgiu a expressão Primeira-Dama?

A expressão “primeira-dama”, que hoje é usada para designar as esposas dos governantes, tornou-se popular apenas no governo do presidente americano Rutherford B. Hayes (1877-1881). Ele se referia à sua mulher, Lucy Webb Hayes, considerada a mais carismática primeira-dama americana no século 19.

Até a chegada de Lucy à Casa Branca, as esposas dos presidentes não costumavam ser designadas por um nome específico, já que isso era considerado típico de governos monárquicos  em que as mulheres eram identificadas como rainhas, imperatrizes, princesas etc.

Ainda hoje o termo “primeira-dama” não é mencionado sequer uma vez na Constituição americana, assim como na maioria das constituições mundiais. Segundo os historiadores, é provável que a expressão tenha se originado da prima-donna das companhias de ópera italianas, a mais importante figura feminina na hierarquia dos espetáculos.

A primeira mulher a ser chamada dessa forma foi também a primeira a ter cursado uma faculdade. Lucy Webb Hayes se interessava por política e converteu o marido à causa abolicionista.

A primeira-dama americana era considerada ainda uma grande anfitriã na Casa Branca, apesar de defender a abstenção alcoólica e fazer questão de servir limonada no lugar de vinhos ou bebidas destiladas.

Apesar de não possuírem poder oficial, algumas primeiras-damas tiveram influência direta no governo de seus maridos. Esse é o caso, por exemplo, da americana Edith Wilson, que chegou a despachar com os ministros da Casa Branca após o presidente Woodrow Wilson sofrer um derrame em 1919. Já Elanor Roosevelt, primeira-dama do governo Franklin Roosevelt representava seu marido em viagens e escrevia polêmicos artigos em defesa dos afro-americanos e dos pobres, isso décadas antes da popularização do movimento de direitos civis nos EUA.

Outras, como Jacqueline Onassis, se eternizaram como símbolo de glamour, estilo e beleza, tornando-se referências na indústria da moda até hoje.