Podemos esperar mudança no comportamento dos vereadores eleitos em 2020? Vale acreditar que a próxima legislatura vote representando verdadeiramente seus eleitores?

Teremos uma Câmara independente do executivo?

Anos de subserviência aos prefeitos nos fazem descrer. Exemplos não faltam para duvidarmos. O fatiamento de cargos comprará a parca (ou seria porca?) consciência de alguns. A necessidade de obter maioria na Câmara torna a distribuição das vagas para comissionados em balcão de negócios; o vereador indica parentes ou cabos eleitorais para ocupá-las, em troca aprova tudo o que for determinado pelo poder executivo.

Tudo continuará igual. A base de sustentação do prefeito Izaias deverá eleger a maior bancada pela força dos candidatos que apresenta e dos próprios partidos que a compõe. PSDB, DEM, PSD e PL devem eleger a maioria dos vereadores, mas sabendo do histórico do PSD é certeza de que apoiará o prefeito eleito, seja ele quem for. E caso Izaias não seja o vencedor podemos esperar o mesmo de eleitos dos outros partidos, exceto o PSDB. E usarão na maior cara de pau o velho discurso de “que são vereadores da cidade”, mas não deixando de indicar apaniguados para as boquinhas disponíveis.

Os partidos que sustentam a candidatura de Marco Aurélio dependem mais dele do que de si próprios. O PT apresenta a chapa mais fraca do século XXI, com o vereador Flavinho sendo o único a receber votação expressiva. A soma dos votos dos candidatos do PDT poderá eleger um representante. Tudo indica que, se eleito, Marco precisará cooptar muitos vereadores, o que não deverá ser difícil, mas o custo será alto.

Exceto o Republicanos, com três ex-vereadores disputando o pleito, não acredito que os demais partidos, além dos seis já citados, obtenham cadeira no legislativo. Surpresa mesmo somente se algum candidato alcançar expressiva votação e entrar pela sobra de cadeiras, graças ao que foi alterado na legislação eleitoral para 2020.

Dia 15 caberá exclusivamente ao eleitor definir o peso do seu voto. A partir do dia seguinte o prefeito eleito, Izaias ou Marco Aurélio, estudará o preço de cada eleito. E a conta será salgada... Para nós, munícipes.