denuncia em farmácias

Agora vítimas de violência doméstica poderão fazer denuncia em farmácias

Uma campanha promovida pelo Conselho Nacional de Justiça e também pela Associação dos Magistrados Brasileiros pretende incentivar as vítimas de violência doméstica a denunciar seu agressor e agressões nas farmácias, através da campanha Sinal Vermelho.

A poucos dias essa campanha foi lançada, e por ser recente muitas mulheres ainda não sabem do que se trata, mas sabemos que é bastante comum depois de sofrer violência, ela precisa ir comprar um medicamento em alguma farmácia, porem o agressor sempre acompanha para intimidá-la e se certificar que a vítima não irá denunciá-lo.

Mas agora com um simples “X” em vermelho na palma da mão, que poderá ser feito com uma caneta ou até com um batom, o farmacêutico ou atendente da farmácia entenderá que aquela pessoa é vítima de violência doméstica e deverá chamar uma viatura de polícia para encaminhar a vítima para uma delegacia da mulher.

A ação é voltada para as mulheres que tem dificuldades para denunciar e prestar queixas de abusos, seja por vergonha ou medo já que na maioria das vezes não conseguem denunciar as devidas agressões por estar em constante vigilância do agressor.

Cerca de 10 mil farmácias em todo país, filiadas a duas associações do setor, são parceiras e apoiadoras nesta iniciativa. Segundo o material de campanha, atendentes e farmacêuticos seguirão protocolos preestabelecidos para lidar com a situação e não necessariamente serão chamados a testemunhar nos casos.

Entre os meses de março e abril, já em meio a pandemia e ao isolamento social, os casos de feminicídio, cresceram 22,2% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com um levantamento feito em 12 estados do país, onde foi divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No mesmo levantamento, o Fórum apontou queda na abertura de boletins de ocorrências nas delegacias ligados a violência doméstica.

Para a entidade, os dados do levantamento, demonstram que ao mesmo tempo em que estão mais vulneráveis  durante a crise sanitária, as mulheres tem tido mais dificuldades para formalizar suas queixas contra seus agressores.