Jhon Lenon

Por trecho racista, ativistas americanos querem mudar o hino dos Estados Unidos

Desde o assassinato de George Floyd, que foi asfixiado por um policial branco por mais de 8 minutos, uma nova onda de protestos do Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) reascendeu o debate racial nos Estados Unidos.

Desde então, símbolos considerados supremacistas brancos também entraram na mira dos manifestantes, que derrubaram diversas estátuas de personalidades escravagistas. Agora, no entanto, o alvo dos ativistas se transformou em algo intangível, mas que mesmo assim possui uma simbologia muito grande para os estado-unidenses, o hino nacional do país (The Star-Spangled Banner).

Tudo porque, os versos da canção foram escritos por Francis Scott Key, que não era apenas um proprietário de escravos como também advogava para que pessoas tivessem o direito de “possuir” pessoas para serem escravizadas. Além do mais, um trecho do hino diz: “Nenhum refúgio poderia salvar o mercenário e os escravos do terror da fuga, ou da escuridão do sepulcro”.

De acordo com o jornalista Kevin Powell, Francis Scott Key era “alguém que realmente não acreditava na liberdade de todas as pessoas. Porém, isso não impede que todos os americanos celebrem o hino nacional toda vez que o cantam".

Assim, de acordo com uma notícia publicada pela Rolling Stones, muitos ativistas sugerem que o hino seja substituído por uma canção muito mais grandiosa e inspiradora: Imagine, do ex-Beatle John Lennon.

Outra alternativa, que já possui um abaixo-assinado com mais de 3 mil participantes, sugere que a nova canção símbolo do país seja American The Beautiful. Por outro lado, um time de futebol de Tulsa, em Oklahoma, adotou a canção This Land isYour Land, de Woody Guthrie, para o lugar de The Star-Spangled Banner.