É muito comum as pessoas tomarem um chazinho para auxiliar na cura de doenças ou no processo de reabilitação de diversos males.
Mas é importante lembrar que os chás são, em sua grande maioria, provenientes de plantas medicinais, e o seu uso pode trazer consequências ao paciente que nem sempre são as desejadas.
Plantas medicinais dão origem aos medicamentos fitoterápicos. Sua eficácia e segurança têm sido estabelecidas com base no uso tradicional somado a estudos científicos modernos, realizados em modelos animais e por meio de estudos clínicos.
Em relação às reações adversas, os fitoterápicos e as plantas medicinais não são totalmente isentos de riscos. De fato, comportam-se como qualquer medicamento, com indicações e contraindicações específicas e efeitos adversos variáveis de caso a caso. Os efeitos adversos mais comuns às plantas medicinais, no geral, são os seguintes:
- a) Interferência nos processos de coagulação - podem causar hemorragias se usadas por longo prazo, em altas doses ou associadas a anticoagulantes sintéticos. Exemplos de plantas com tal possibilidade: Ginseng coreano, gengibre, açafrão rizomas, guaco, Ginkgobiloba, dentre vários outros.
- b) Reações alérgicas - Aparecem em proporções variadas na população, conforme a planta ou o ingrediente envolvido, mas podem ocorrer em qualquer caso. De modo geral, ocorre particularmente com o uso de espécies da família Asteraceae, podendo-se apresentar os seguintes exemplos: camomila, calêndula, arnica, alcachofra, dentre outras.
- c) Hepatotoxicidade - Estas agressões hepáticas têm sido verificadas em algumas espécies e estão relacionadas: a classes químicas específicas, a altas doses, ao uso conjunto de vários medicamentos ou a associações com bebidas alcoólicas.
Portanto, as plantas medicinais e os fitoterápicos, principalmente os de uso tradicional, assim como os medicamentos sintéticos, podem promover efeitos adversos.